DROGAS - O Anticristo Chegou?





Por
Marcelo Duarte Jatobá
(Jornalista e Colaborador do Projeto aqui no blog)

Desde que o mundo é mundo, as drogas fazem parte da vida humana na terra. O conceito de drogas, no entanto, é muito mais amplo do que o entendido atualmente. Poucos sabem, mas o café é droga. Na verdade, qualquer substância que altere o funcionamento natural do corpo humano pode ser considerada droga. Quer dizer, tudo o que muda nosso metabolismo e provoca reações não naturais é droga. Entre as drogas lícitas ou ilícitas não há diferença. É somente a aceitação social que causa uma aparente diferença. Mas não há. Todas causam dependência e interferem na qualidade de vida.

Em regra, para pior. É notório que o álcool destrói o corpo, a mente, famílias e a sociedade. Milhões já mataram ou morreram sob efeito do álcool. No entanto, é droga aceita e até admirada graças às propagandas milionárias das grandes empresas do setor e à falta de comprometimento político no sentido de elaborar leis que proíbam as propagandas, como aconteceu com os cigarros. É notório que o cigarro destrói o corpo, provoca dependência e mata milhões todos os anos. Ainda assim era, até pouco tempo, visto como símbolo de status, poder, liberdade e até charme. Mas justamente pela proibição das propagandas e, mais recentemente, pela aprovação da lei antifumo no Estado de São Paulo, o cigarro, cada vez mais, é visto com ressalvas e até repugnação.

Até quando as drogas dominarão as mentes e os corações da humanidade?

As drogas, cada dia com mais força, fazem parte das baladas; de adolescentes, de jovens, de adultos, de velhos. As piores drogas, que causam dependência infernal, são o cigarro e a cocaína. A diferença entre uma e outra é a aceitação social. Felizmente, como comentado, o cigarro tem perdido espaço e valor no mundo. Infelizmente, a cocaína, apesar de ilícita e socialmente condenada, espraia-se como radiação atômica de uma bomba silenciosamente e anonimamente lançada sobre uma humanidade imatura e despreparada.

Grandes empresários, jornalistas, advogados, médicos, dentistas, engenheiros e até policiais sucumbiram às drogas e, nos dias de hoje, particularmente à cocaína. Você pode não saber, mas aquele médico atencioso, de confiança, pode ser um dependente dessa droga. Aquele engenheiro que projetou os seus prédios, as suas casas, as estradas, os viadutos, as pontes, que projetou um avião, um navio, um submarino, que é conceituado na sociedade, pode ser um dependente dessa droga.

Mas estes não aparecem. A não ser quando esta dependência destrói, por completo, sua vida, suas finanças, suas amizades, seu corpo, sua família, sua esperança, sua fé, seu coração. Aí, ele se transforma num zumbi que vaga de bar em bar, de bocada em bocada, de amizades zumbis, de torpor intenso, de descaminho, de noites perdidas, de relações frágeis, carentes de amor, de atenção, de vida.

Que anticristo poderia ser tão competente, tão forte, tão onipresente, tão próximo, tão permeado nas entranhas da sociedade, nas células do planeta? Nenhum. Só as drogas têm este poder destrutivo tão intenso, tão eficaz, tão contundente. Está aí, presente no dia a dia da humanidade, o anticristo. Como combatê-lo? Eis a grande questão, eis a grande dúvida, eis o grande medo, eis o grande desafio dos tempos modernos.

Não há fórmula mágica, não há repressão, não há polícia, não há exército, não existe força política ou social capaz de combater este câncer que acomete, cada vez mais, a frágil humanidade. Só há uma saída. Amor. Amor? Mas aí começa outro grande desafio. Nem a definição correta do amor a humanidade conhece. Todos confundem amor com paixão. Todos pensam que o amor mata, que o amor aprisiona, que o amor é dor. Vinícius de Moraes, grande músico e compositor de primeiríssima qualidade, confunde, em suas maravilhosas letras, amor com paixão. Pode trocar, sem receio, todas as palavras amor das letras de Vinícius por paixão. Aí, sim, teremos a mais perfeita das composições.

Vinícius trata amor como paixão e paixão como amor. Se o grande poeta, um dos maiores músicos do Brasil, embaixador, namorador, mulherengo, fiel, amigo, companheiro, objetivo, confundiu amor com paixão em sua obra, o que dirá a parte da população menos esclarecida. O amor não mata. O amor não aprisiona. O amor não dói. Amor é paz. Amor é conforto. Amor é plenitude. O contrário disso tudo tem nome próprio: DROGA. A droga destrói o amor, joga uma pá de cal na vida do viciado.

A droga fulmina sonhos, derruba o futuro, destrói a esperança, joga no fundo do poço o usuário. E é esta desordem que predomina nas relações sociais, no seio da família, na empresa, no trabalho, na cidade, no estado, no país, no planeta Terra, que tem nome forte, que tem presença integral: DROGA.

O que este texto pretende é mostrar o poder destrutivo das drogas, derrubar o preconceito que existe entre droga lícita e droga ilícita, mostrar que todas prejudicam a vida humana na Terra, esclarecer que só o amor é capaz de combater tão grandioso e onipresente adversário. A droga, nos dias de hoje, é tão onipresente quanto Deus. Aí, é uma questão de escolha, de livre arbítrio: DROGAS ou DEUS?

E, para confundir ainda mais a cabeça da limitada e imatura humanidade, é impossível afirmar que aqueles que optaram pelas drogas estão longe de Deus e que aqueles que optaram por Deus estão longe das drogas.

Há drogados com Deus profundamente enraizado no coração. E há caretas nojentos, sujos, que não bebem um copo de cerveja, que jamais deram uma tragada num cigarro, que não conhecem o efeito da maconha, da cocaína e de tantas outras drogas, mas não tratam seus semelhantes como irmãos. Esta é a pior droga do planeta: falta de amor.

Isso não quer dizer que os drogados “conscientes” estão corretos e que os caretas “sem consciência” estão errados. Tudo o que não pode acontecer é estigmatizar, rotular, definir conceitos, apontar dedo, acusar, colocar na parede um ou outro.

O drogado está contribuindo diretamente para a desordem planetária. Drogado legal, bondoso, de grande coração, não é melhor (nem pior) do que aquele careta filho da p..., canalha, covarde, antiético, sujo, mesquinho. Não. Os dois estão no mesmo barco. No barco sujo do jogo imundo do planeta Terra. E esta sujeira também não dá o direito de qualquer ser humano apontar um dedo.

Costumo dizer, nos bate-papos do dia a dia, que não conheço um só ser humano em condições morais de apontar um dedo para outro ser humano.

E digo também que aqueles raríssimos humanos que têm essa condição não o fazem. Por um simples motivo: estão muito acima destas mesquinharinhas e mediocridades humanas. Estes, que estão acima destas pequenezas humanas, apenas observam e emanam amor, amor, amor, com o único objetivo de tentar reverter o jogo contra o anticristo DROGA.

A grande questão atual da humanidade é como encontrar a resposta para o combate efetivo, eficaz e concreto a um dos piores males do novo século. Quando esta resposta for encontrada será dado um gigantesco passo rumo à ordem e à PAZ neste planeta.

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